A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) participou na última quarta-feira (11) do lançamento, pelo Brasil, de um plano nacional de eliminação da malária.
O objetivo é diminuir o número de casos autóctones (transmitidos dentro do país) da doença para menos de 68 mil até 2025, reduzir a quantidade de óbitos para zero até 2030 e eliminar a doença no território brasileiro até 2035.
No Brasil, 99,9% das transmissões ocorrem na região Amazônica, com 33 municípios concentrando 80% do total de casos autóctones em 2021. No mesmo ano, 99% das notificações foram autóctones, um total de 137,8 mil casos. O restante foram casos importados de outros países.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) participou nesta quarta-feira (11) do lançamento, pelo Brasil, de um plano nacional de eliminação da malária. O objetivo é diminuir o número de casos autóctones (transmitidos dentro do país) da doença para menos de 68 mil até 2025, reduzir a quantidade de óbitos para zero até 2030 e eliminar a doença no território brasileiro até 2035.
“Hoje temos todas as ferramentas para que o Brasil se veja livre de uma doença que causa muita dor e afeta principalmente as pessoas mais pobres, que moram em territórios mais afastados e que precisamos proteger”, disse a representante da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS), Socorro Gross. “O Brasil, com este plano, está dando um exemplo. Esperamos que outros países na região das Américas se unam a este esforço”, acrescentou.
O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, destacou o papel do sistema público de saúde brasileiro para alcançar essas metas. “São vários os desafios que nós temos que enfrentar e vencê-los. Mas nós temos esperança que teremos sucesso. Essa esperança tem três letras: SUS – o Sistema Único de Saúde. Onde há Brasil, há SUS”, disse.
Na mesma linha, o secretário de Vigilância em Saúde do país, Arnaldo Medeiros, ressaltou que o plano foi pensado com base nas fortalezas que o SUS tem. “Elas são: diagnóstico e tratamento gratuito, ações descentralizadas de diagnóstico e tratamento com ampla cobertura. Também temos sistemas de informação on-line, além de parcerias intersetoriais e redes de pesquisa em malária que muito contribuem para entendermos a doença”, afirmou.
No Brasil, 99,9% das transmissões ocorrem na região Amazônica, com 33 municípios concentrando 80% do total de casos autóctones em 2021. No mesmo ano, 99% das notificações foram autóctones, um total de 137,8 mil casos. O restante foram casos importados de outros países.
Conheça o Plano Nacional de Eliminação da Malária.
Cenário nas Américas – A malária é uma enfermidade febril aguda causada pelo parasita Plasmodium, que é transmitido pela picada de uma fêmea infectada do mosquito Anopheles. Os sintomas, incluindo febre, dor de cabeça e calafrios, aparecem geralmente entre 10 e 15 dias após a picada e podem ser leves e difíceis de reconhecer como malária. Se não for tratada, a doença pode progredir para quadros graves e morte.
Em 2020, os 18 países endêmicos das Américas notificaram mais de 600 mil casos de malária, uma redução de 26% em relação ao ano anterior.
Nas Américas, o Paraguai foi certificado como livre da doença em 2018, seguido pela Argentina em 2019 e El Salvador em 2021, o que reduziu o número de países endêmicos na região de 21 em 2015 para os atuais 18. Belize também está a caminho de receber a certificação neste ano.
Apesar do progresso, os picos de casos nas Américas associados à migração, principalmente nos setores de agricultura, pesca e mineração, combinados com unidades de saúde insuficientes em áreas com populações de difícil acesso e mobilidade, têm colocado em risco os esforços de eliminação em alguns países.
Para melhorar esse cenário, a OPAS vem incentivando e apoiando a estratégia de Diagnóstico, Tratamento, Investigação e Resposta (DTI-R), que envolve ações intensificadas para melhorar a detecção e o tratamento oportuno dos casos. Outros elementos chave da mudança são a estratificação com base na receptividade e no risco de importação, bem como ações que visam identificar e eliminar os focos de malária em cada contexto.
Boas práticas na implementação da abordagem DTI-R foram demonstradas e documentadas em vários países, inclusive no prêmio anual da OPAS “Campeões Contra a Malária nas Américas”.
O Brasil, com o novo plano nacional de eliminação, busca atingir com mais eficiência os focos ativos de transmissão, priorizando municípios com alta carga, mas também trabalhando com outros que já não têm transmissão, principalmente fortalecendo a vigilância na resposta de casos.
Fonte: ONU
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